terça-feira, 27 de novembro de 2012

Fado, Património Imaterial da Humanidade

Faz hoje precisamente um ano que o Fado se tornou Património Imaterial da Humanidade. 27 de Novembro de 2011. Há um ano escrevia eu numa reportagem para o prof. Hugo Gilberto"...tradição viva, raízes profundas, com uma presença importante na História do país, o fado é um tesouro do mundo... é a música da alma do povo português. Silêncio! Que se vai cantar o fado." 
"Tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é fado."

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Poema do S

Para a minha afilhada da Póvoa de Varzim. Mesmo não sendo caxineira é bom que ela vá à[z]aulas, e que lave bem o[z]ouvidos  e abra bem o[z]olhos para ser uma boa aluna... Ai esta fonética tão marota... :)
LY <3




Direi de meu tempo que havia um S
havia uma sombra e um silêncio
havia um S de sigla e de suspeita
com suas seitas e seus sicários.

Não sei se signo não sei se sina
não sei se simplesmente sujo.
Ou só servil. Ou só sevícia.

Havia um S de Saturno
havia um susto
havia um S de soturno
sobre um S de sol.

De meu tempo direi
que havia um S
de sepulcro.

Sentinela. Sentinelas.

Ou talvez selva. Talvez serpente.
S de sebo e de sebenta: seco seco.

E também senão. E também senil.

De meu tempo direi
que havia um S
sem sentido.

E também Setembro. E também solstício.
Saga e safra.
Ou talvez semente. Ou talvez segredo.

Havia um S de sal e sílex
havia um silvo
Havia uma sílaba ciciada.

E também o sonho: entre suar e ser.
(Como um soluço como um soluço.)

De meu tempo direi
que havia um S
de sol e som.
Havia Setembro e um assobio
contra um S de sombra e de silêncio.

Manuel Alegre, 1974


Caricatura de Manuel Alegre



sábado, 24 de novembro de 2012

Melhor Amigo

Diogo Azevedo <3

"You can count on me like one, two, three
I'll be there
And i know when i need it
I can count on you like four, three, two
And you'll be there
Cause that's what friends are suppose to do
Oh yeah!"



Se algum dia ficares preso no meio do mar
Eu velejarei por esse mundo para te encontrar
E se algum dia ficares perdido no escuro sem conseguir ver
Eu serei luz para te guiar
Descobrimos do que somos feitos
Quando somos chamados para ajudar os amigos que precisam de nós

Então podes contar comigo 1, 2, 3 e eu estarei lá
E sei que quando eu precisar
Posso contar contigo e contar 4, 3, 2 e tu estarás lá
Porque é isso que os amigos devem fazer!

E se um dia te debateres na cama e não conseguires dormir,´
Eu canto uma música ao teu lado
E se um dia te esqueceres do quanto és para mim
Eu lembrar-te-ei todos os dias!
Descobrimos do que somos feitos
Quando somos chamados para ajudar os amigos que precisam de nós

Então podes contar comigo 1, 2, 3 e eu estarei lá
E sei que quando eu precisar
Posso contar contigo e contar 4, 3, 2 e tu estarás lá
Porque é isso que os amigos devem fazer!

Sempre terás o meu ombro quando quiseres chorar
Nunca te vou deixar nem dizer "adeus".

Então podes contar comigo 1, 2, 3 e eu estarei lá
E sei que quando eu precisar
Posso contar contigo e contar 4, 3, 2 e tu estarás lá
Porque é isso que os amigos devem fazer!

Tu podes contar comigo porque eu posso contar contigo!

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Felizmente Há Luar!

Há Homens que obrigam todos os outros Homens a reverem-se por dentro. Luís de Sttau Monteiro

A minha primeira reportagem, durante o estágio curricular na Regiões TV. :')




quinta-feira, 22 de novembro de 2012

30 parâmetros que um jornalista deve MESMO evitar!

Do blogue Desilusões Perdidas - desilusoesperdidas.blogspot.pt - para o Palavras em Silêncio, deixo este post, para os amantes desta profissão que " tantas vezes é incompreendida e mal remunerada mas ao mesmo tempo «tão atraente, tão cheia de charme e tão decisiva para a nossa vida…».". Vejam o Blogue, vale a pena :) Ah! Os números a negrito são com os quais me identifico... mas só às vezes! x)

1. Perceber que o gravador está sem pilhas só na hora de ligá-lo.
2. Não ter caneta ao começar uma entrevista.
3. Esquecer o nome do entrevistado (mas se o entrevistado for um ex-BBB, a cagada é perdoável).
4. Escrever um texto cheio de clichês.
5. Colocar uma maldita vírgula entre o sujeito e o verbo.
6. Falar “a nível de” e achar o máximo.
7. Fazer perguntas sem nexo a um entrevistado por desconhecimento do assunto.
8. Chegar atrasado e todo suado a uma pauta importante.
9. Falar palavrões num link de TV acreditando estar fora do ar.
10. Editar a matéria de um repórter e assinar com o nome de outro.
11. “Matar” um personagem vivo por erro de apuração.
12. Cometer uma barriga com base em informação de um perfil fake do Twitter.
13. Confundir boato com fato.
14. Esquecer na redação a credencial para um evento importante.
15. Tornar-se assessor de imprensa mesmo odiando ser assessor de imprensa.
16. Narrar um gol do XV de Piracicaba como se fosse do XV de Jaú (e vice-versa).
17. Continuar fazendo frilas para uma editora que sempre dá o cano na hora de pagar.
18. Não dar ouvidos ao pai quando ele perguntar “você tem certeza que quer estudar mesmo jornalismo?”.
19. Publicar legenda esquecendo de deletar o texto de advertência “checar o nome do careca da foto”.
20. Chegar a uma pauta num velório e perguntar para a família do morto se está tudo bem.
21. Entrar no ar com a boca cheia de biscoitos, principalmente se for na TV Globo.
22. Estender a mão para cumprimentar um entrevistado cego.
23. Perder 50 linhas de um texto que não foi salvo depois de um tilt do computador, a poucos minutos do fechamento.
24. Dar em cima da estagiária gostosa que é amante do diretor de redação.
25. Dar para a fonte achando que só por causa disso terá informação privilegiada.
26. Se empanturrar de comer numa coletiva já estando com uma prévia indisposição estomacal (cagada literal).
27. Esquecer de ouvir o outro lado, mesmo que o outro lado seja o do doutor Paulo Maluf.
28. Levar a(o) namorada(o) para uma pauta roubada num sábado à noite.
29. Interromper uma entrevista porque o seu celular tocou (se o toque for um axé, cagada duplamente imperdoável).
30. Não entender a própria letra no bloquinho de anotações.


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Dia Mundial da Televisão

Celebra-se, hoje, o Dia Mundial da Televisão. A Caixinha Mágica que mudou o mundo, é, desde 1957 em Portugal e a preto e branco, a companhia de milhares de portugueses. Deixe-se então contagiar com a nostalgia da abertura do único canal televisivo dos anos 50: a RTP.



terça-feira, 20 de novembro de 2012

E Depois do Adeus?

                E depois do adeus...
O mote até poderia ser do Paulo de Carvalho, cantor tão conhecido da nossa terra lusa. Mas não. Desta vez, o mote é a minha ESG. Não a ESG pintadinha e a cheirar a novo, de azulejos imaculados, essa não. Aquela outra, de portão verde lascado e paredes de vários tons de branco com grafitis mais ou menos espalhados um pouco por todo o lado. Aquela com cadeiras desordenadas e salas a cheirar a bafio para contrastar com o cheirinho a café, torradas e croissants do velho bar. Essa sim.
            Era bem verdade o que dizia a professora Ana Catarino, "Afinal a ESG marca".
            Ao longo de três anos de Ciências da Comunicação, no ISMAI, fui entrando, de quando em vez, naquela que foi a minha escola durante igualmente três anos. E fui revivendo momentos. Quando Fernando Pessoa se transformava ora em Alberto Caeiro e Álvaro de Campos, ora em Ricardo Reis... e às vezes, muito cansado, em Bernardo Soares; quando os intervalos eram preenchidos por correrias infinitas pela escadaria de pedra, que a senhora da limpeza insistia tanto em limpar em vão. E quando tudo nas aulas era motivo para a tão habitual converseta.
          De todas as vezes apetecia voltar atrás no tempo, chegar à  escola, atrasada sempre, descer as escadas a correr, num dia de sol ou de chuva, entrar pela porta da sala 42ª (se é que ainda existe) e dizer "Desculpe o atraso!" e de imediato abrir mochila, tirar os cadernos e os livros repletos de apontamentos importantes e rabiscos sem interesse algum.
           Neste momento a Escola Secudária de Gondomar, deambula às vezes pelas gavetas da minha imaginação e sorrio. Três anos é muito tempo, principalmente para simples jovens que acham que “há que viver a vida de uma só vez”. Depois de um secundário repleto de experiências e problemas próprios da adolescência, concentrei-me no meu sonho: o jornalismo. Três anos de reportagens, entrevistas e notícias, de câmaras e jornais por todo o lado, foram moldando a pessoa que agora sou. Hoje, ao procurar emprego como jornalista, recordo muitas vezes os bons velhos tempos da minha ESG antiga e o quanto eu lhe devo em relação ao que me tornei. Pelos professores, pelos funcionários, pelos colegas e pela amizade com todos eles.

                E depois do adeus? Fica a saudade dessa escola velhinha,  cheia de experiências vividas e tantas histórias para contar.
 
Fernando Pessoa e Heterónimos
 

Catarina's

"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que fez a tua rosa tão importante."

                                                                                                             Antoine de Saint-Exupèry
Petit Prince
Era um dia de praxe, como tantos outros dias de praxe. Ensolarado mas frio, ainda que do verão se tratasse.  Um manto preto pairava sobre o ar e misturava-se com linhas de muitas cores. Era a praxe livre. E lá no meio sem eu saber, estava a pessoa, que eu mal sabia, me ligaria por mais um ano a esta vida. O nome dela? O curso dela? Tudo igual a mim! Catarina de nome, com o sonho do jornalismo a brilhar nos enormes olhos azuis. Entrou na praxe mas não só... entrou dentro da vida de outra Catarina, provavelmente de muitas outras mais.
Ao olhar para ela, cada vez mais se parecia mais comigo... parecia que apenas o curso e o nome não chegavam, parecia ser preciso mais. As parecenças não tardaram em chegar mal abriu a boca. Gritava como alguém há 4 anos atrás, enquanto caloira. Gritava como eu. Puxava pelos colegas. Ria. Partilhava. Mais tarde confessa que entrou a medo para a praxe... mas ficou. Quem diria, a maneira como se envolveu tão depressa demonstrava tudo menos isso. Tal e qual alguém há 4 anos atrás. Um dia supreende-me, "Doutora, se pudesse escolher uma madrinha, era a si que escolhia." Espantada, disse-lhe que não podia, mas que podia fazer tudo o que estivesse ao meu alcance para a ajudar. E assim tem sido. Hoje chama-me madrinha, apesar de não o poder ser. E eu chamo afilhada, com um orgulho imenso e com um brilho nos olhos, por ter encontrado uma Catarina como eu. Não é brincadeira, é verdade...na praxe, fazem-se amigos para a vida.



segunda-feira, 19 de novembro de 2012

What if God was one of us?

If God had a name, what would it be?
And would you call it to His face
If you were faced with Him in all His glory?
What would you ask if you had just one question?